quinta-feira, 21 de maio de 2015

Meu Perdão...

Depois de anos sem escrever, aprisionado em melancolia e a um desejo forçado por alguma coisa que nunca soube o que era, estou aqui.
Depois de anos descobri que não vai ser o final de tudo que vai me completar mas sim a caminhada até lá, senti pena e raiva de mim por não alcançar alguns objetivos me agarrando a um ódio da vida que não consigo mensurar. Isso definitivamente não foi bom, destruiu boas relações com pessoas incríveis que conheci na minha caminhada (outro nome pra não cair no clichê da vida). Hoje, mais do que nunca consigo enxergar alegria nos tropeços, nos erros e nas preocupações que vem pra me desafiar, ah se eu tivesse enxergado isso antes! Me pouparia lágrimas e despedidas.
Depois de anos consigo hoje perceber o valor do perdão, não de receber mas de dar. Me perdoar e conhecer minhas limitações, perdoar os outros deixando então esse momento de mágoa pra trás, deixando de vez o passado no passado e seguir...afinal, esse é o objetivo. A dificuldade que foi pra isso acontecer, cara, dói, não vem fácil, é tão "bom" ser vítima, ser bajulado e receber carinhos de pena por manter-se preso ao mal que alguém fez a você. Sentir-se superior por justificar qualquer ação por um erro do outro.
Me sinto leve, o peito apertado por saber que liberando perdão abro mão de certos caprichos de aparência que me deixavam confortável pra errar. Mas me sinto leve. Abro os braços e não fecho os olhos com medo do que vai vir, estou despreparado para os próximos dias, semanas, anos...e isso é o que mais me deixa feliz. Deixar de planejar como irei sentir, amar, tratar meus próximos desafios e amores.
Apenas peço paz e força pra manter isso, manter o perdão como constante na vida. Vejo isso como uma corrente, perdão, amor, alegria, paz, mansidão...elos que estão juntos, mas insistimos em tratar cada um separado do outro.
Depois de anos acho que não conseguirei concluir esse pensamento, como hoje não consigo, afinal, mal comecei minha cura, mas encontrei meu tratamento. Antes do adeus, me perdoa!





Anos sem passar aqui, tiro a poeira e trago folhas brancas pra continuar falando comigo, e aos leitores (HAHA, se tivesse algum): Oi! Quanto tempo!?

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