Acho que vou escrever sobre ele, porque está se tornando algo comum demais na minha vida. Na verdade acho que estou começando a querer viciar nele, e sei que é a hora de parar com os esporádicos pra acompanhar a cerveja, a vodka, o intervalo, o nano e o tutu.
O problema é que eu curti. Eu sei que é ruim, sei que fará mal a mim, que estou tragando sujeira à toa. Odeio sentir aquele cheiro forte entre meus dedos e na minha roupa, odeio a sensação de mal estar quando exagero na dose. Mas...Eu gosto.
Ele sempre tem um efeito calmante. Quando estou muito nervoso, melhoro (se estou pouco nervoso, também); se estou parado em algum canto esperando por alguém, me bate aquela vontade de estar com ele, pra ajudar a passar o tempo. Gosto de sentir o gostinho da menta (prefiro os de menta, mesmo com toda a frescura com o mesmo) na minha boca, gosto de ouvir os estalinhos que a chama faz enquanto vai descendo, ver os desenhos que a fumaça faz, eu gosto.
Referências? Nunca tive, na verdade há pouco tempo era algo abominável na minha vida, fazia um terror quando o via por perto e sentia uma pontinha de ódio por quem o acompanhava, mas eu mudei muito nesses últimos 2 anos, e aceitar o gosto por ele foi uma delas.
Mas ferrou (ou não, no final seria tudo uma questão de tempo) tudo mesmo em Camboriu. Era mais uma viajem cheia de festas, histórias, pérolas, bebidas e "brothers". Mas eis que surgiu "Cara de areia mijada e sua trupe", que juntando com a bebida e um "bunda-lelê" me tiraram do sério. Dai com aquele ar inocente que ele sempre tem no começo, me colocou nas nuvens, relaxei, a partir daí me começei com ele "socialmente" e só.
Só não quero viciar; e continuo sendo hipócrita afirmando que não estou viciando, sei que não vicio, mas não posso dizer que nunca chegarei à isso. Hoje pela primeira vez usei "socialmente" sem social, tutu me bateria por isso, mas como disse no começo, tudo é uma questão de tempo, certos gostos não valem a pena discutir, quer você goste ou não, não importa muito, no mais, eu gosto.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
...
Ponto por ponto
se cria imagem
se faz na frase
se desenha a nova margem.
Ponto e ponto
vem do rabisco
vem de risco
vai ao outro circo
ponto a ponto
vive a vida
nasce ao dia
e cresce a linha
ponto por ponto
nega o nome
perde o sonho
desenha outro ponto
desenho feito da palavra
escrito ao lado da sacada
na escada
cobre a parede de toda casa
dessa rua, feita as pressas
feitio que nunca acaba
passa o dia na rua falsa
bem pintada
-com palavras
na parede da sacada.
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